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Estimulados pelo aumento na produção de motocicletas em outubro e novembro, os fabricantes anunciaram hoje uma previsão otimista para 2018. A Abraciclo, associação do setor, projeta um crescimento de 5% no próximo ano, chegando a 935.000 unidades produzidas. 

Nos últimos dois meses, a produção se estabilizou em outubro e cresceu 5,6% em novembro. “Este cenário (dos últimos meses) confirma que teremos pela frente um ano com resultados mais positivos e o início da retomada da indústria de motocicletas”, afirmou Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo.

Embora tímido, o aumento previsto é um alento para o setor de duas rodas. Afinal, a produção de motos no Brasil tem recuado abruptamente desde 2011: passou de 2.136.891 unidades fabricadas naquele ano para as 890.000 projetadas para o fechamento de 2017. 

Apesar do otimismo, a produção e as vendas no varejo ainda acumulam queda em torno de 5% em 2017 – entre janeiro e novembro foram emplacadas 773.576 unidades, recuo de 5,5% em comparação ao mesmo período do ano passado. 

A projeção para 2018 no varejo é menos positiva: incremento de 2,1% com a venda de 865.000 unidades, contra as 847.000, que devem ser vendidas até o final deste ano.

Mas os sinais de retomada da economia, os juros baixos e a melhora no índice de confiança do consumidor são alguns dos motivos para a projeção otimista no próximo ano. Prova disso é o crédito direto ao consumidor (CDC), responsável por 40% das vendas do setor, sendo a modalidade preferida para a aquisição de uma nova moto neste ano.

O bom desempenho dos scooters é outro fator que anima a indústria, pois se trata de novos consumidores que aderiram ao veículo de duas rodas como meio de transporte. As vendas cresceram 57%, passando de 37.293 scooters comercializados em 2016 para 58.600.

 

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