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Diferentemente do que ocorre no setor de veículos novos, a venda de usados ainda mostra algum fôlego e registrou alta de 9% no primeiro bimestre, quando 1,54 milhão de automóveis e comerciais leves trocaram de mãos. Os números foram divulgados pela Fenabrave, federação que reúne as associações de concessionários. O total indica 5,6 usados para cada zero-quilômetro vendido. 

Com menos dias úteis por causa do carnaval, fevereiro teve queda de 14,2% ante janeiro, mas revelou melhor média diária de transferências (39,4 mil, ante 37,6 mil do primeiro mês do ano). De quebra, também foi ligeiramente melhor (1,6%) que fevereiro de 2016. 

“Os dados (verificados no bimestre) são bons indícios para o setor”, afirma Ilídio dos Santos, presidente da Fenauto, entidade que reúne os revendedores de usados. O crescimento no mercado de segunda mão foi alavancado pelos seminovos, modelos até três anos de uso, que anotaram alta de 25,2% no bimestre e confirmam o potencial que esse segmento tem em substituir o zero-quilômetro em momentos de crise. "O comprador leva em consideração as vantagens nos preços de usados mais equipados em relação aos novos", recorda o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior. Os seminovos responderam por 13,3% das transferências de usados.

Os usados com quatro a oito anos tiveram desempenho estável (-0,4%).

Caminhões e ônibus

A movimentação também foi positiva no mercado de transporte. No primeiro bimestre, 46,7 mil caminhões trocaram de mãos, registrando alta de 4,1% sobre o mesmo período de 2016. O volume de transferências no período revela 8,4 caminhões usados vendidos para cada zero-quilômetro. 

Os ônibus de segunda mão negociados no bimestre somaram 7,7 mil unidades e alta expressiva de 39%. O volume indica 8,3 usados para cada ônibus novo licenciado, proporção semelhante àquela de caminhões usados/novos. 

Motos 

As transferências de motos no primeiro bimestre somaram 417,9 mil unidades, levando a uma pequena alta de 3,8% sobre o mesmo período de 2016. O número de fevereiro ficou 11,9% abaixo de janeiro, mas mostra média diária de 10,9 mil unidades, ante 10,1 mil em janeiro. No segmento, a proporção foi de 3,3 motocicletas usadas para cada nova vendida no Brasil.