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Com mais de 150 mil unidades vendidas em todo o mundo desde o lançamento, em 2009, o Porsche Panamera passou por sua primeira grande renovação. O modelo atualizado foi exibido pela primeira vez no Brasil durante o Salão do Automóvel, em novembro, e agora está à venda no País. As primeiras unidades começam a ser entregues ainda este mês. 

Ele pode ser encomendado em três versões, 4S, (R$ 758 mil), Turbo (R$ 981 mil) e na nova 4S Executive, que sai por R$ 807 mil e tem como principal atrativo a distância entre eixos 15 centímetros maior, aumentando o conforto de quem viaja no banco de trás. A carroceria padrão já é grande: são 5,05 metros de comprimento. Na 4S Executive ela passa a 5,20 m. 

A Porsche esconde o jogo, mas sabe que os novos Panamera darão um empurrãozinho extra nas vendas da marca: “Não posso dar um número, mas certamente venderemos mais que as 20 unidades entregues no Brasil ano passado. O total de encomendas desde o salão já é próximo desse número”, afirma o diretor-presidente da Porsche do Brasil, Matthias Brück. De acordo com o executivo, o volume maior este ano será da opção Turbo. Somando todos os Porsche entregues no Brasil foram 997 unidades em 2016, alta de 38% sobre o ano anterior. 

Os Panamera que estão chegando ao País são equipados com novos motores. O 4S e o 4S Executive recebem um 2.9 V6 de 440 cavalos. A cilindrada baixou 0,1 litro, mas a potência subiu 20 cv. Já o Panamera Turbo tem agora um 4.0 de 550 cv. São 30 cv a mais, apesar da redução de cilindrada em 0,8 litro. Vale dizer que tanto o 2.9 V6 quanto o 4.0 V8 são equipados com dois turbocompressores cada, apesar de a palavra Turbo só acompanhar a versão mais potente. 

O câmbio automático PDK de dupla embreagem e oito marchas também foi atualizado suas trocas estão mais rápidas. Todas as versões recebem suspensão pneumática, teto solar panorâmico, sistema auxiliar de estacionamento (Park Assist) com câmera de visão em 360 graus, sistema de som Bose e ar-condicionado com quatro zonas distintas de temperatura. 

O Turbo recebe escape esportivo, rodas maiores (de 21 em vez de 20 polegadas), bancos dianteiros e traseiros com acionamento elétrico, assistente de mudança de faixa e piloto automático. 

Entre os opcionais disponíveis para o Brasil há o eixo traseiro direcional. Ele funciona assim: em baixa velocidade as rodas esterçam levemente para o lado oposto às dianteiras, reduzindo o raio de giro das manobras. Em velocidades mais altas elas apontam para o mesmo lado das dianteiras, o que torna as mudanças de faixa na estrada mais seguras. O item custa R$ 10.347 para qualquer uma das versões. 

As principais linhas do novo Panamera ainda são muito parecidas com as do anterior, algo fácil de entender quando se pensa o quanto os atuais 911 ainda carregam da primeira geração, lançada em 1963. Por dentro a Porsche reduziu a quantidade de botões no console para facilitar a vida a bordo. 

A fabricante de esportivos trocou o volante multifuncional, adotou um painel de instrumentos com dois novos displays de sete polegadas e uma central multimídia com tela de 12 polegadas sensível ao toque e que aceita comandos por gesto de ampliar, reduzir e girar, como os smartphones atuais. 

E quem vai no banco traseiro pode conectar seu aparelho em um console dedicado aos passageiros de trás, ainda que o motorista tenha pareado seu celular na parte dianteira do carro. Por falar em passageiros, ainda neste ano os Panamera poderão ser encomendados com banco traseiro para levar três em vez de duas pessoas. 

Este ano virá também a versão híbrida do Panamera, “mais para o fim do segundo semestre”, afirma o gerente de produto e preço da Porsche do Brasil, Leandro Rodrigues. 

Ainda com relação às mudanças do Panamera, a empresa aumentou a quantidade de alumínio empregada na carroceria e reduziu o peso dos componentes utilizados nas suspensões. 

Automotive Business acelerou as versões 4S e Turbo em um pequeno autódromo no interior do Estado de São Paulo. Além das acelerações rápidas o que impressiona é o funcionamento do câmbio PDK: “Ele começou a ser desenvolvido em 1984 e equipou um carro de rua pela primeira vez em 2009”, recorda Leandro Rodrigues. A transmissão processa várias informações do carro como velocidade, posição do acelerador ou uso dos freios e vai despejando ou reduzindo marchas incansavelmente, com a “habilidade” de um piloto de competição. 

Os bancos seguram bem o corpo e o carro faz curvas com grande facilidade. O som grave que vem dos escapes é outro convite a quem tem o pé direito pesado. Tudo dentro do carro está perto das mãos e é feito com materiais agradáveis ao toque. 

Segundo a Porsche, o novo Panamera 4S acelera de zero a 100 km/h em 4,4 segundos e atinge 289 km/h de velocidade máxima. O consumo em cidade é de 7,5 km/l e em estrada, de 10,3 km/l. Os números do Turbo são ainda mais impressionantes. 

Quem gosta de carros certamente já leu fichas técnicas com tempos baixos na aceleração de zero a 100 km/h, mas quem tem a oportunidade de andar num desses passa a acreditar que é mesmo possível alcançar os 100 km/h em menos de 4 segundos. No caso do Panamera Turbo são apenas 3,6 s. A velocidade máxima é de 306 km/h.O consumo em cidade é de 6,5 km/l e em rodovia, de 9,6 km/l. Como forma de economizar combustível, a nova versão V8 pode funcionar com apenas quatro dos seus oito cilindros.

 

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