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A Ford começa a vender em 1º de agosto a linha 2016 do utilitário esportivo 4x4 Edge. O carro montado em Oakville, no Canadá, ganhou uma nova plataforma no fim do ano passado e chega agora ao Brasil por salgados R$ 229,9 mil. São cerca de R$ 100 mil a mais que a geração anterior, vendida até o fim de 2015.

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A alta se deve à adoção de novas tecnologias semiautônomas e à variação cambial. O modelo vem agora somente na versão Titanium em substituição às antigas SEL e Limited e tem dois opcionais livres, de R$ 5 mil cada: teto solar panorâmico e monitores de DVD para o banco traseiro. 

“O carro compete em preço e equipamentos com SUVs premium menores e oferece espaço e desempenho compatíveis com modelos de luxo maiores”, afirma o gerente de marketing de produto Fernando Pfeiffer. Entre os concorrentes citados pela Ford estão Audi Q5, Jeep Grand Cherokee, Land Rover Discovery Sport, Range Rover Evoque e Volvo XC60. 

As vendas do Edge devem se concentrar, além do Sudeste e Sul, no Centro-Oeste: “A capilaridade da malha viária aumentou e o consumidor do Centro-Oeste nem sempre precisa de um 4x4 montado sobre chassi”, diz o gerente de produto, referindo-se às picapes médias de cabine dupla. 

Em sua rede de concessionárias a Ford espera atrair proprietários do próprio Edge e também do sedã Fusion. Pfeiffer prefere não arriscar uma projeção de vendas, até pelo momento atual de mercado. Desde o lançamento no Brasil (no Salão do Automóvel de 2008) até os dias atuais, o modelo teve cerca de 14 mil unidades vendidas, uma média de 150 por mês. 

O motor da versão 2016 para o Brasil permanece o mesmo 3.5 V6. Foi recalibrado para redução de consumo e emissões e fornece agora 284 cavalos. O custo para a tropicalização do propulsor 2.0 turbo de 245 cv já adotado em outros mercados seria alto demais, daí a decisão de manter o atual. O câmbio automático de seis marchas recebeu aletas para troca de marcha atrás do volante. 

O Edge substituiu a direção com assistência hidráulica por outra elétrica, que permitiu a inclusão de um assistente de estacionamento para vagas paralelas e perpendiculares. O novo modelo recebeu uma câmera frontal capaz de “ler” as faixas na estrada. A partir da interpretação dessa leitura o volante vibra caso o motorista distraído ou sonolento comece a andar sobre a sinalização de solo. 

O Edge tem também um alerta de colisão, que funciona a partir de um radar frontal. O equipamento detecta o risco de uma batida e produz um alerta luminoso para avisar que a distância mínima de segurança foi atingida. O carro 2016 recebeu também um piloto automático adaptativo, que monitora o carro à frente e se ajusta à velocidade dele. O sistema também se utiliza do radar para detectar outros veículos em movimento, mantendo uma distância segura e retornando automaticamente à velocidade programada. 

O utilitário esportivo traz também oito airbags, acendimento automático do farol alto, freio de estacionamento elétrico, cintos de segurança traseiros infláveis em caso de acidente, câmera de ré, câmera frontal com lavador, monitoramento de pontos cegos e assistente de tráfego cruzado, que alerta a aproximação de outros veículos em entrada e saída de vagas. 

Mais conforto que agilidade

O Edge é vendido em 100 países e este novo modelo foi testado por 3 milhões de quilômetros. Confortável e espaçoso ele é, sem dúvida. A posição de dirigir agrada e os comandos no volante são bem fáceis de usar. 

Os bancos de motorista e passageiro da frente têm ajustes elétricos, aquecimento e refrigeração. E banco traseiro tem aquecimento e conta com saídas de ar-condicionado. O revestimento de couro pode ser preto, marrom ou cinza-claro. 

As suspensões são meio molengas para rodar em piso irregular como o brasileiro. Com mais de duas toneladas (exatos 2.040 kg em ordem de marcha), o Edge não é lá muito ágil. Faltou melhor acerto do conjunto motor-câmbio para o mercado brasileiro, já que potência não falta.

A Ford não informa consumo, mas o carro utilizado no test-drive por Automotive Business apontou média de 6,3 km/litro andando em um trecho de serra abaixo de 80 km/h. Segundo a Ford, a velocidade máxima é de 180 km/h. 

O Edge tem bom espaço para bagagem (1.110 litros até a altura do teto) e sensores que permitem a abertura e o fechamento da tampa do porta-malas com um movimento de chute abaixo do para-choque. O recurso é útil especialmente para quem está com as duas mãos ocupadas.

A garantia do carro é de três anos e o consumidor pode optar por planos de manutenção de R$ 2.607 e R$ 3.220 que estendem a cobertura para quatro e cinco anos, respectivamente. Os valores podem ser embutidos no financiamento.

 

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